sábado, 31 de outubro de 2009



Já descobri meu caminho! Escrevo porque tenho o que dizer, tenho o coração nas mãos e nem que seja para mim mesma! Se meu 'eu' interior me pede, solto minha voz e canto!

Não se subestime, disse-me meu 'eu lírico'...Sempre se tem o que escrever, há valor na palavra escrita, basta saber como expressá-la e seus entimentos hão de lhe dar mil razões!.

 As palavras sempre me encantaram pela sonoridade, peso, altura, limites, superações e por muito mais, principalmente, pela beleza. Não se pode expressá-la (ou não sei) concretamente, pois a beleza se sente no olhar! Olhos sensíveis, clareados pela visão nítida de que o belo existe até no feio, rude, insensato. Talvez esse seja o lugar em que ela jamais é vista, mas é como ela também se apresenta!

Até que ponto se discute o gosto? Até ponto nenhum, porque não é discutível. Se não é discutível, é melhor aceitá-lo. A emoção de escrever é tão grande que lágrimas me saltam aos olhos! Felicidade? Aflição? Beleza? En-cantos? Escrevo e escuto música que me toca a alma. Alma que se encontra cheia. E vazia de sentimentos ruins.

Amo. O amor me faz calma, serena, feliz. A vida me concedeu privilégios. Meus dedos direitos não me obedecem muito. Fez um ano que operei. Fez um ano que entrei em uma sala entubada e não sabia o que me esperava fora. Tive concessão. Sou criatura humana e reconheço a mão divina em meus pedaços de estrada. Agora comemoro! Rio! Choro!

Há beleza na dor, na tristeza, no encontro consigo mesmo! É quando a alma se sente em sintonia com o corpo físico e os dois se entrelaçam e oferecem vigor ao que restou. O mundo gira rápido, o momento é pecioso, é preciso viver! O fogo me consome, ainda bem que sou forte, arrebento as amarras e pulo o muro!

Esse é meu 'eu' interior que não me deixa abater e me incentiva a descrever meus sentimentos numa noite agradável, sem chuva após uma tarde de céu tão azul como se inverno fosse!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


 


Pontos de vista de George Carlin sobre
ENVELHECER

Você sabia que a única época da nossa vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se você tem menos de 10 anos, está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.


Quantos anos Você tem? Tenho quatro e meio! Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco! Este é o lance!


Quando Você chega à adolescência, ninguém mais o segura. Você pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. 'Qual é sua idade?'


'Eu vou fazer 16!' Você pode ter 13, mas (tá ligado?) vou fazer 16, porra!


E aí chega o maior dia da sua vida!  Você completa 21!
Até as palavras soam como uma cerimônia: VOCÊ ESTÁ FAZENDO 21. Uhuuuuuuu!

Mas então Você 'se torna' 30. Ohooo, que aconteceu agora? Isso faz você soar como leite estragado! Ele 'se tornou azedo'; tivemos que jogá-lo fora.  Não tem mais graça agora, Você é apenas um bolo azedo. O que está errado?  O que mudou?


Você COMPLETA 21, Você 'SE TORNA' 30, aí Você está 'EMPURRANDO' 40. Putz! Pise no freio, tudo está derrapando! Antes que se dê conta, Você CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram.


Mas, espere!
Você ALCANÇA os 60. Você nem achava que poderia!

Assim, Você COMPLETA 21, Você 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA' os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.


Você pegou tanto embalo que BATE nos 70! Depois disso, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª.. feira!'


Você entra nos seus 80 e cada dia é um ciclo completo; Você bate no lanche, a tarde se torna 4:30; Você alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. Entrado nos 90, começa a dar marcha à ré; 'Eu TINHA exatos 92.'


Aí acontece uma coisa estranha. Se Você passa dos 100, Você se torna criança pequena outra vez. 'Eu tenho 100 e meio!'

Que todos Vocês cheguem a um saudável 100 e meio!!

COMO PERMANECER JOVEM


Livre-se de todos os números não-essenciais
. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocupar com eles. É para isso que Você os paga.

Mantenha apenas os amigos alegres.
Os ranzinzas, os que só reclamam da vida só deprimem.

Continue aprendendo.
Aprenda mais sobre o computador, ofícios, jardinagem, seja o que for, até radio-amadorismo. Nunca deixe o cérebro inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo. Trabalhe, estude! E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.

Aprecie as coisas simples.


Ria
sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego.

Lágrimas fazem parte.
Suporte, queixe-se e vá adiante.  As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.

Cerque-se daquilo que ama,
seja família, animais de estimação, coleções, música, plantas, hobbies, seja o que for.  Seu lar é seu refúgio.

Cuide da sua saúde:
se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que Você possa fazer, peça ajuda.

Não  'viaje'  às suas culpas.  
Faça uma viagem ao shopping, até o município mais próximo ou a um país no exterior, mas NÃO para onde você tiver enterrado as suas culpas.

Diga às pessoas a quem Você ama que Você as ama
, a cada oportunidade.

E LEMBRE-SE SEMPRE:


A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

Compartilhe isso com alguém. Todos nós temos que viver a vida ao máximo a cada dia!



A jornada da vida não é para se chegar ao túmulo em segurança, em um corpo bem preservado, mas sim, para se escorregar para dentro meio de lado, totalmente gasto, berrando: "PUTA MERDA, QUE VIAGEM!"  
 
 

quarta-feira, 28 de outubro de 2009





Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutorado em Comunicação e apesar de doutorada em Londres, optou por viver uma vidinha mais simples em Minas.

Para 'degustar a vida', nada como rever alguns conceitos e discernir o que é realmente BOM e MELHOR  para cada um de nós! Não é tarefa difícil, mas também nem tão fácil assim!




DO BOM E DO MELHOR

(Leila Ferreira)


Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.

Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.

Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.

Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (áh, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.

Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?

Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?

O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?

Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.

A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Animais I



Minha história com animais é bastannte interessante! Lembro-me da primeira cadela que tivemos, chamava-se Laika, em homenagem a uma que foi dar a volta em redor da terra, se não me engano! Morreu de sinomese, doença terrível! Lembro-me, também, de que ganhara uma cadelinha da raça pequinês e minha mãe foi cruel comigo, doou-a para alguém que passava na rua. Nessa época, eu era criança de uns 08 anos e não limpava os locais onde a filhotinha fazia suas necessidades! Minha mãe com muitos filhos, não quis, é claro! Não a culpo por isso, mas fiquei muito triste.

Passaram-se os anos. Quando adulta, tive um pintcher, Pite, morreu de velhice. A ele juntou-se Banzé e já havia outro pintcher, Kiko. Logo depois veio Ian. Banzé era cardíaco e não deu outra, coitadinho. Ao Ian, veio Willie cuja dona pediu que cuidássemos dele. Com a morte de Banzé, ficamos com os dois, Ian e Willie. Minha mãe, nessa época, ficou brava, expliquei-lhe que não iríamos deixar de cuida dela com os cachorros e, assim, ela concordou. O destino, porém, bate a nossa porta a qualquer hora.

Ao chegar de uma viagem, á noite, minha mãe saiu de seu quarto e viu Ian no sofá. Foi a gota d'água. Brava, ela o provocou e ele, em resposta, deu-lhe uma mordida. No outro dia, em lágrimas, levava Ian para a casa de uma ajudante. Chorei demais, mas minha mãe em primeiro lugar! Willie e Kiko ficaram. E ficamos cuidando do ferimento mamãe por muito tempo, nunca perdíamos a paciência com ela, já idosa!

Fizemos uma viagem a Bahia, Salvador e da casa de meu irmão trouxemos um poodle toy. Numa noite, sem que percebêssemos, brigaram Ian e Billy(novato) por causa de comida. Willie deixou Billy cego de um olho. Willie foi levado para a casa de outra ajudante. Nós, porém, continuávamos a tatar deles com ração, banho e tosa.

Aí apareceu Tobby, filhotinho, no colo de uma pessoa amiga. Foi amor à primeira vista. Eu o levava onde quer que fosse e procurava restaurantes uma vez, em Búzios, a fim de levá-lo junto. Ele tinha complicações de ouvido, alergia, mas nada grave. Tratava-o como gente e ele era muito dependente de mim. Cuidava de sua saúde para que nada lhe faltasse. Fanatismo, não é? Pois bem, ficou enxergando mal até que um dia percebi que não enxergava nada. Levei-o à melhor oftalmo que havia na universidade de veterinária. Sua assistente sugeriu-me fazer-lhe uma limpeza de tártaro. Consenti, pois já havia feito uma e dessa vez também daria tudo certo. Esse foi meu erro! Confiar! Na manhã seguinte, levei-o e à tarde fui buscá-lo. Já estava ofegante. Preocupada, cuidei dele, levei-o ao veterinário particular. Tarde demais. Morreu sufocado! A sonda que lhe colocaram furou sua traquéia e o ar dos pulmões encheu seu corpinho! Nunca me esqueço da cena e dele jamais esquecerei.


Uym mês depis ganhei a Megh, outra poodle. A princípio a rejeitei. Hoje é uma cadelinha amiga, carinhosa, meiga e fica sempre comigo. Ganhei depois outro que era considerado pintcher e, mais tarde , ao crescer se tonou um vira-lata, Luke, mais apegado de todos! Incrível!

Temos também o Paulo Zulu, labrador adorável, chocolate, amigão, manso e dócil.

Outra gracinha é o coelho Chiquinho. Fica num quarto grande, no quintal, faz suas necessidades em papel e adora um chamego!

E, por fim, minha gata Luna. Mas a história de gatos ficará para uma próxima, porque nem sei se este texto caberá na página.

Sei, no entanto, que animais são companhia, distração, símbolo de amizade, amor carinho e seria uma boa opção para a cura de depressão e quando se consegue o animal adequado para a criança ela o abraça como a uma pessoa! Amo gente, mas também amo os animais!

terça-feira, 13 de outubro de 2009



Tive uma infância muito feliz! Brincava de roda, jogava queimada na rua, subia em árvores, as bonecas eram minhas filhas; brincava de telefone sem fio, tocava campainha nas casas e saía correndo, brincava de cabra-cega, fazia comida de mentirinha, colar de florzinhas, fiz de tudo um pouco. E tenho amigos de infãncia até hoje e os conservo como jóias raras.


Lembro-me com saudade desse tempo; agora, porém, sou mais feliz por ter tantas lembranças tão boas e guardar na memória momentos tão deliciosos!


Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo
dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'.
Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha
acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava
muito) com um e-mail, não é mesmo?
Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu:
'mas agora eu to comendo um lanche com amigos'.
Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser
uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu
ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta
pra mim?
Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica,
num   centro budista e em um curso de cinema.
Nos meses que se seguiram eu me tornei  um  dos seres mais malhados, calmos,
espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada,
absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava
ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que
voltar pra mim de qualquer jeito.
Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e
resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros,
terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o
número de leitores do meu site e nada aconteceu.
Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos filha única! Eu
não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma
super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.
Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha
companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar
sozinha e longede casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân,
tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.
Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip,
cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei
os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz
milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me
apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.
Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir
morar sozinha.
Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei
amigos para a inauguração, servi bom vinho e
comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a
cozinhar.
Resultado disso tudo: silêncio absoluto.
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias
querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.
Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita,
tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei
me tornando mulher DEMAIS para ele.  Ele quem mesmo???
 

(Martha Medeiros)
 


Esse é um texto do qual gosto muito! De um modo geral, andamos à procura de um amuleto que nos leve até a felicidade. A vida nos ensina que não precisamos de nada. Nós nos bastamos! E o estado civil de uma pessoa não importa para que ela se realize plenamente!E seja feliz!