domingo, 22 de agosto de 2010

À Lê...


A menina se foi...tornou-se mulher-profissional e embrenhou-se por caminhos próprios. Sabe o que quer e segue seu ritmo com inteligência e leveza.

Abrace o mundo, Letícia, acaricie suas novas estradas e todas elas lhe sorrirão.

Solte-se ao vento e deixe-se levar pela natureza prodigiosa que lhe presenteou com tão maravilhoso dom: embelezar o mundo, embelezando sorrisos.

Sonhe grande, alto, siga seus sentimentos nobres de gratidão e devolva a nós, que a amamos, o sucesso que chegará em sua vida pessoal e profissional, para orgulho e felicidade de seus pais, irmãos, tios, amigos...

Siga serenamente, pois, as águas do rio correm para o mar...e o MAR...

.....está à sua espera!!! O mundo a recebe de braços abertos! Seja feliz!

sábado, 21 de agosto de 2010

Benefícios do sorriso





"Este é um daqueles temas que têm apaixonado cientistas. As suas descobertas são surpreendentes.


De acordo com os estudos, as mulheres sorriem mais vezes do que os homens. O sorriso feminino é, por norma, intenso e espontâneo, ao contrário do masculino, mais racional.


As últimas investigações internacionais já identificaram oito boas razões para sorrir ou dar uma gargalhada. Está à espera de quê para soltar já uma?


1. Previne doenças

A respiração acelera os batimentos cardíacos, também, será que rir faz mesmo bem à saúde? Especialistas confirmam: após uma gargalhada, a respiração torna-se mais profunda que contribui para uma redução da tensão arterial, uma melhor oxigenação do sangue e aporte de nutrientes ao organismo.


2. Aproxima-o dos outros


O sorriso tem uma função primordial: expressar emoção e criar elos entre as pessoas. Os bebês usam-no desde logo para se comunicar e, ao longo da vida, este marca a sua imagem e interfere na forma como se relacionam com os outros.


Inclusivamente, quando não está a ser visto, revela um estudo da Universidade de Portsmouth, no qual os seus participantes conseguiram distinguir vários tipos de sorriso apenas pelo som da voz.


3. Estimula o cérebro


A actividade desencadeada pelo riso coloca ambos os hemisférios cerebrais em ação. Isto liberta a mente da tensão e stress psicológico e torna-a mais desperta para o que a rodeia, assim como para reter informação.


4. Rejuvenesce


O riso é uma das melhores estratégias para reduzir a ansiedade, mas funciona, também, como um poderoso anti-idade. Uma gargalhada frequente pode rejuvenescê-lo entre 1,7 e oito anos, defendem Michael Roizen e Mehmet Oz, autores de «You - Manual de Instruções».


5 Liberta-o


Rir é vital para o ser humano, funcionando como o comando «reiniciar no computador», afirma Yoji Kimura, professor japonês que criou um aparelho para medir o riso por meio dos movimentos do diafragma.


E são as crianças quem riem mais livremente, com dez «Ah» por segundo, cerca do dobro do que emite um adulto.


6. Exercita o corpo


Se o sorriso se limita aos músculos da face, uma boa gargalhada fortalece outros pontos do organismo. É o caso do diafragma e da zona abdominal cujos benefícios são vastos, tanto em nível do tônus muscular como até na melhoria da digestão ou trânsito intestinal.


7. Combate o stress


O pensamento positivo é o passaporte para uma vida feliz. Como consegui-lo? Sorrindo. Além de ajudar a eliminar o stress, o sorriso pode ajudar na recuperação da depressão.


Ver imagens positivas, como o sorriso superior, fortalece os pensamentos positivos, diz Freitas-Magalhães, psicólogo".











sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mudanças

Depois que resolvemos, minha irmã e eu, ajeitar nossa mais que antiga casa, começamos, também, uma faxina. Todos os móveis foram retirados de dentro da casa e, como temos um cômodo fora, 'arrumadinho', ficamos hospedadas nele por algum tempo. Enquanto isso, caixas e mais caixas, principalmente, de livros, objetos de parede, roupas, sapatos e, tudo que se possa imaginar, foi revirado e selecionado. Muita gente ficou satisfeita, porque as doações foram muitas. E nosso alívio foi grande!

Os livros? Ah, os livros! Os de mais valor, os bem garimpados ficaram; outros que poderiam servir a professores, escolas, embora tenha oferecido até demais, foram os mais preteridos...fiquei assustada, pois, escolas se recusaram a aceitar...acabei doando ao centro universitário em que estudei, mesmo que não precisasse tanto. Por que doei? Minha atuação como professora chegou ao fim, hoje trabalho como revisora, em virtude de um câncer na zona proximal do úmero e, por isso, tenho uma prótese no ombro direito. Tenho limitações, porém, nada me impede de exercer qualquer atividade no computador e, assim, aproveito meu tempo com habilidade e prazer.

Com essa faxina, no entanto, revivi um tempo que não volta. O tempo em que minha família era completa, com meus pais vivos, meus irmãos solteiros e as preocupações nem faziam parte de meu cotidiano. Encontramos 'retratos' de antigamente, cartas, cartões, enfeites, mensagens, receitas, jornais, revistas, tudo guardado e, ao mesmo tempo, espalhado por inúmeras caixas, gavetas, armários...Quanta vida! Quanto sabor de saudade! Quanta lembrança e quanta lágrima, porque a emoção é minha companheira constante e contínua. Tempo bom, tempo feliz...

Hoje nossa casa está mais vazia, mais clara. Muito do que encontramos devolvemos a quem de direito quando de nosso encontro anual de família. Fizemos, também, muitas doações, sem arrependimentos, culpas e sabemos que em nosso coração e mente estão em morada eterna os que amamos e as lembranças que nos deixaram. Nossa herança é forte e nada poderá apagar de nossa memória os momentos vividos nessa casa de copa com mesa oval, com mármore branco, rodeada de cadeiras. De sala com sofás pequenos, muitas almofadas, uma cadeira de balanço, móveis antigos ornados com alguma novidade. Gostamos de misturar. A cozinha é o lugar preferido em que o pão de queijo é servido bem quentinho e a broa de fubá recheada com queijo que se derrete ao degustá-la. Quartos pequenos, acolhedores e um quintal...

E muita prosa fiada...Que delícia!

Esse quintal mais se parece uma chácara de tão grande e com tantas árvores frutíferas. Loga na saída da varanda se dá de cara a parreira, em girau de bambus, que nos oferece uma sombra agradável em dias de sol forte. Caminhando, encontramos mangueiras, laranjeiras, limoeiros, jabuticabeira, bananeiras, frutas-de-conde, camélias, roseiras, lírios, antúrios, margaridas, orquídeas; Manu, nossa jabuti e Paulo Zulu, nosso labrador chocolate.

Tudo tem seu tempo certo. De colher, de plantar, de sorrir, de chorar...Demoramos a tomar essa decisão de mudar e mexer na casa toda. Sempre vivemos nela, aqui enterramos nossos mortos, recebemos a família, parentes e amigos. Nunca é tarde para mudanças. Percebemos, entretanto, que depois que aconteceram ficamos e vivemos num ambiente muito melhor.

Dizem que é bom faxinar, renova as energias. Começo a acreditar!




domingo, 15 de agosto de 2010

Definição de saudade

Artigo do Dr. Rogério Brandão Médico, oncologista clínico, RC, Recife, Boa Vista.

Calejado, com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivência e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes.

Dizem que a dor é quem ensina a gemer.

Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Descobrimos uma força mágica que nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar

Um dia, um anjo passou por mim...

Veio na forma de uma criança com 11 anos, porém, calejada por 2 longos anos de tratamentos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.

Um dia, cheguei ao hospital logo cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei por sua mãe e ouvi uma resposta que, ainda hoje, não consigo lembrar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:
- Tio, às vezes, minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:

- E o que a morte representa para você, minha querida?

- Olha tio, enquanto a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época, crianças de 6 e 2 anos ...costumavam dormir no meu quarto e eu procedia exatamente assim.)

- É isso mesmo, e então?

- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?

- É isso mesmo querida, você é muito esperta!

- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei mudo, sem ação.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, continuou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:

-E o que significa a saudade para você, minha querida?

- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade:

"É o amor que fica"...

Esse texto me emocionou profundamente, por isso, a razão de sua postagem aqui.










quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Rapidez/Movimento



Na era, em que se vive, o movimento é a palavra chave. Nada fica estático. Tudo se move. De um pensamento que não para a uma folha que cai, a vida não dá trégua. Tudo gira e se move numa rapidez surpreendente e nem se tem o tempo necessário para assimilar tais mudanças. É uma pena. A rapidez, penso eu, é um dos males da vida moderna.

Essa tal rapidez exige de nós uma agilidade mental que nos deixa atordoados. O tempo de pensar é curto demais, quase não há; o refletir deu lugar à exatidão;  o enxergar agora é ver depressa; decidir no ato, improvisar sem medo de errar. Pobres de nós, seres humanos!

Outro dia, encontrei-me com um ex-aluno e sempre que o encontro tem uma novidade a me contar sobre um novo emprego. Dessa vez não foi diferente. Desde que o encontrei trabalhando, essa é a quarta atividade em que se 'aventura' e lá tudo é 'para ontem', disse-me ele. Simplesmente sai de um emprego e vai para outro, porque enjoa de ficar sempre no mesmo. Perguntei-lhe se não era pelo salário, porque, aí, a mudança seria até justificável, já que demonstrava ser uma pessoa ambiciosa, não acomodada, lutava por condições de melhores condiçoes de vida. Mas, não! Enjoo, foi o que me respondeu. Fiquei um pouco assustada, pois, um rapaz novo, e não apenas ele, ainda, citou-me outros colegas que, numa mesma área, mudaram-se para muitos setores em várias áreas no mesmo trabalho, jurídico, várias vezes.

Realmente, não se estão dando o tempo necessário para se habituarem ou gostarem de suas atividades. Ou está havendo muita oferta e pouca demanda no mercado. A ansiedade tomou conta, também, dos jovens que se acham perdidos em meio a essas mudanças que vêm ocorrendo de maneira muita rápida tanto em seu universo como no todo em que vivemos.

Na comunicação oral, poucas são as pessoas que sabem ouvir, principalmente aquelas que o são, por natureza, detalhistas, prolixas, carentes de ouvidos afetuosos e amigos. Todos querem economia de palavras, agilidade da expressão e do pensamento. É a rapidez forçando o mundo a girar em alta velocidade.

Até a oração passou a ser rápida. Adentrou-se pela internet, saiu da contemplatividade, meditação, silêncio e alcançou o burburinho das canções com baterias, guitarras, vozes agudas, sons estrondosos.

A rapidez subistituiu a lentidão, morosidade, necessárias em certos períodos, ciclos de uma vida para se alcançar a serenidade que possibilita o exercício da calma e paciência. Não há como voltar atrás. Há que se adaptar nossos valores aos da vida moderna e viver o menos rapidamente!

Será, ainda, possível? 



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um camelô grita no meio rua:
- Senhores e senhoras... Comprem este livro de auto-ajuda! Ele irá resolver metade de seus problemas.
E o Manoel:
- Nesse caso, me vê logo dois, que assim resolvo todos os meus problemas!


Essa piadinha exemplifica bem meu ponto de vista quanto a livros, folhetos, artigos, matérias afins sobre auto-ajuda. Nunca fui de acreditar muito, tanto que não leio nada que se refira a tais assuntos. Cada um sabe de si e não é um simples conselho 'pense positivo' que vai nos tirar do sufoco!

Acredito que a administração dos problemas de uma maneira prática e serena os resolva melhor. A serenidade é dos remédios o melhor, infelizmente, no entanto, não a tenho de sobra em meu temperamento.

A vida não é uma via em linha reta, é cheia de curvas e sinuosidades; é uma estrada longa e o que nos espera adiante é uma incógnita. Não é o pensamento que nos levará a alcançar algo de bom. Se assim fosse não haveria tristeza, doenças, tragédias, pois, ninguém quer nada disso em sua vida. Acontece, simplesmente.

Penso que esses autores ganham muita grana em cima de pobres coitados que acreditam em tudo que escrevem! O viver positivamente implica em ser otimista, na medida certa, sem exageros, sem excessos, no limite da racionalidade. Se eles estivessem tão certos assim, teriam já acertado a própria vida, se bem que já o fizeram, financeiramente, com a venda de seus livros. Pelo menos, alguns, os quais bem conheço.

Sou a favor de uma vida normal, nada de forçar uma situação para que aconteça por meio de um pensamento apenas. Querer não é poder! O poder está nas mãos de quem tem a habilidade de conseguir mediante força de argumentação, confiança em suas convicções, valores, princípios, ética, moral e honestidade.

Enganar as pessoas com palavras vãs é o pior dos defeitos. Preferível deixá-las viver livremente sem contemplá-las com a esperança de que um pensamento mudará suas vidas. Há o trabalho pelo qual se alcança um bem material, o empenho para consegui-lo.

Concretiza-se um pensamento por meio das palavras, mas jamais um pensamento será alcançado se nada for feito para que seja realizado.









domingo, 8 de agosto de 2010

Justa homenagem

Minha mãe,  se viva fosse, completaria hoje, 08 de agosto de 2010, 100 anos. Poderia completá-los, sim, pois, há notícias de que um número bem alto de óbitos ocorre em pessoas com mais de cem anos. Mas nem todos têm esse privilégio, embora ela tenha tido seu quinhão de felicidade. Ela se foi num domingo, às 21h e 30 min, de 17/11/03, sem sofrer ou sentir dor. Sua vida foi marcada por privações e lutas, na maioria das vezes, mas soube, ao lado de meu pai, administrar muito bem as mazelas da vida. Foi uma mulher de fibra, de personalidade forte e meu pai a compreendia e por isso se davam muitíssimo bem. Infelizmente ele viveu menos, atacado por um diabetes que lhe causou outros males, faleceu aos 75 e ela, aos 93 anos. Foram bastante felizes para uma família de poucos recursos, que prova que nem sempre o dinheiro é o centro de uma vida feliz! É claro que deixa qualquer família/pessoa bem humorada, mas o foram sem tê-lo em excesso!

Mamãe era espirituosa, cozinheira de mão cheia, todos os filhos sentimos saudades imensas de nossa mesa cheia e farta, com quitutes feitos por ela. Era seu jeito de agradar e mal sabia como agradava, já que viemos de uma família meio seca. É a vida, pela falta de tempo e excesso de cansaço. Entendemos e vamos nos adaptando, e as mudanças vão acontecendo por causa das gerações mais novas. São esses pequenos que vão nos ensinando a viver com mais doçura, com mais demonstrações de amor, tal sua espontaneidade e descontração em seu dia-a-dia conosco.

Pela falta de oportunidade de nós, irmãos,  encontrar-nos em ocasiões especiais como Natal, Ano Novo, surgiu a ideia de um encontro familiar. O primeiro aconteceu ano passado, em junho, numa época de frio tremendo e foi um inesquecível final de semana de lembranças, casos, gargalhadas e deixou um gosto de quero mais.

Este ano repetimos a dose, em julho, num frio, como no ano passado. Família toda reunida na expectativa de reviver as mesmas emoções do ano anterior. A surpresa foi maior, quando todos, ao adentrarem a casa, encontraram um lar meio diferente, porque uma reformazinha fora feita, sem descaracterizar a casa materna. Bem mais clara, mais minimalista, acolhemos a todos com a mesma emoção e calor. Foram dias maravilhosos e a memória guardará para sempre a data festiva desse segundo encontro e minha mãe foi, também, lembrada pelos 100 anos se estivesse viva e meu irmão mais velho, José Ropberto, completou seus bem vividos 70 anos ao lado da família numerosa e unida que se perpetua a cada dia pelo nascimento de mais um membro. Esse ano de Maria Luiza. 

Minha família gosta de um barulho e, em nossa casa, todos os dias há alguém diferente à mesa para almoçar conosco. Já virou hábito. Não nos acostumamos com a mesa vazia. E nem com poucos pratos. Mas a 'presença' é algo que nos reúne, aquece e sei que meus pais nos aplaudem onde quer que estejam e tenho a certeza de que junto ao Pai e nos abençoando todos os dias pela família iluminada que legaram ao mundo. Amém.