sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Feliz 2011!
O ano se foi, pensamos todos que algo, como num passe de mágica, vai mudar de uma noite para o dia.
Velho sonho, antiga esperança...
Muda o dia, o ano ou mudamos nós?
Nada se modifica, apenas uma noite se finda e um novo dia amanhece, e a vida segue seu curso normal...

É bom desejar boas energias, renovar a alma, repensar a vida...
Refazer o pensamento, mudar a roupa, ver o espumante estourar e o som dos fogos além das luzes da meia noite...

Tudo é calor, festa, harmonia, mesmo que dure um instante...

Meu desejo é que o sonho desta noite perdure por todo o sempre, acalente o porvir de velhos amores e e agregue leveza e versatilidade às pessoas acomodadas e passivas.

Feliz 2011, feliz ano novo, felizes dias sempre!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

"Feliz Natal a todos que dançam embalados pelos próprios sonhos e nunca dizem sim às artimanhas do desejo. Aos que ignoram o alfabeto da vingança e jamais pisam na armadilha do desamor, pois, sabem que o ódio destroi primeiro a quem odeia."

" Feliz Natal a todos os que sabem voar sem exibir as asas e abrem caminhos com os próprios passos, inebriados pelos ecos de profundas nostalgias. E aos que decifram enigmas sem revelar inconfidências e, nus, abraçam epifanias sob cachoeiras de magnólias."

"Feliz Natal aos que secam lágrimas no consolo da fé e plantam no chão da vida as sementes do porvir"!


Feliz Natal aos meus amigos blogueiros, pessoais, a todos que interrelacionaram comigo em 2010. Espero que embalados pelos anjos, abençoados pelo Menino Deus continuemos juntos em 2011 com muita Fé e Esperança. Muito obrigada!

domingo, 12 de dezembro de 2010

O dia em que vi Deus - Frei Betto

Natal é a "despapainoelização" do espírito.
É quando o coração torna-se manjedoura e, aberto ao outro, acolhe, abraça e acarinha.
Violenta-se quem faz da festa do Menino Jesus uma troca insana de mercadorias. Quantas ausências nesses presentes!
Em pleno verão, nos trópicos, o corpo empanturra-se de nozes e castanhas, vinhos e carnes gordas, sem que se faça presente junto àqueles que, caídos à beira do caminho, aguardam um gesto samaritano.
Ainda criança, em Minas, aprendi com meus pais a depositar junto ao presépio a lista de meus sonhos.
Nada de pedidos a Papai Noel.
No decorrer do advento, eu engordava a lista: a cura de um parente enfermo; um emprego para o filho da lavadeira; e a paz no mundo.
Meu pai insistia para que eu registrasse meus sonhos mais íntimos.
Aos 8 anos, escrevi: "Quero ver Deus".
Minha mãe ponderou: "Não basta Nossa Senhora, como as crianças de Fátima?".
Não, eu queria ver Deus Pai.
Nem imagens dele eu encontrava nas igrejas, que exibem, de sobejo, ícones de Jesus e pombas que evocam o Espírito Santo.
Na tarde de 25 de dezembro, meus pais levaram-me a um hospital pediátrico. Distribuímos alegria e chocolate às crianças, vítimas de traumas ou tomadas pelo câncer e por outras enfermidades.
Fiquei muito impressionado com um menino de 6 anos, careca.
Na saída, mamãe indagou-me: "Gostou de ver Deus?".
Fiquei confuso: "Só vi crianças doentes", respondi.
Então ela me ensinou que a fé cristã reconhece que todos os seres humanos são imagem e semelhança de Deus.
Por isso é tão difícil ver Deus.
Pois não é fácil encarar a radical sacralidade de todo homem e de toda mulher.
Aos poucos entendi que o modo de comemorar o Natal forma filhos consumistas ou altruístas.
E descobri que Deus é tanto mais invisível quanto mais esperamos que Ele entre pela porta da frente.
Sorrateiro, Ele chega pelos fundos, via um sem-terra chamado Abraão;
um revolucionário, de nome Moisés;
um músico com fama de agitador, Davi;
uma prostituta, Raab;
um subversivo conhecido por Jeremias;
um alucinado, Daniel;
um casal de artesãos que, recusado em Belém, ocupa um pasto para trazer o Filho à vida: Maria e José.
No Evangelho de Mateus (25, 31-46) Jesus identifica-se com quem tem fome e sede, é doente ou prisioneiro, oprimido ou excluído. Aqueles que para os "sábios" são a escória da sociedade, para Deus são os convidados ao banquete do reino.
Desde então aprendi que Natal é todo dia, basta abrir-se ao outro e à estrela que, acima das mazelas deste mundo, ascende a esperança de um futuro melhor.
Sonhar com um mundo em que o Pai Nosso transpareça na grande festa do pão nosso. Pois, quem reparte o pão partilha Deus.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Posso errar? Por Leila Ferreira

Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu "errado".


Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de
ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia
nem shopping num raio de 10 Km.


A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do
kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudamsó de ouvir a palavra "condicionador". Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes , tudo aquilo que meus nove vidros de xampu "certo" que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir.


Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa , e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?

O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi "certo?" até colocar a aliança.


O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de "nada a ver", vão ficando e, quando você se assusta, está casada  e feliz  com um deles.


E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas, talvez, você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada.


Estava com a roupa "certa", mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para "errar".


Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: "Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo". Sem entrar no mérito da questão , da traição ou do cigarro , concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom.


O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.


O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem, quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: -Como assim?! Você não dirige?!?. Com toda a calma, ele responde: -Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios ...tem um punhado de coisas que eu não faço!.


Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos.


Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras:


"Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos".


O certo ou o"certo" pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.




Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres ? Por que será que elas..., da Editora Globo.












domingo, 5 de dezembro de 2010

Minha oração por você


Muito obrigada aos meus diletos amigos e leitores por mais um ano juntos.
Muito obrigada pela convivênvia leal e amável que me incentivou em muitos períodos de minha caminhada.
Muito obrigada pela companhia em palavras de carinho nos comentários que recebi.
Muito obrigada aos meus seguidores que, embora distantes, sinto-os bem perto.
Muito obrigada pelo tempo em que passei escrevendo, foi meu alento, meu conforto, minha partilha.
Muito obrigada por esse blog, meu companheiro, meu amigo, meu confidente, meu anjo de todas as horas.
Dedico meu tempo a quem me lê, compreende, anima e, acima de tudo, a quem amo.