terça-feira, 2 de outubro de 2012

Diversos




Sou muito intensa, por isso vivo intensamente cada momento de minha vida, tanto a dor como a alegria.

Ouço as cigarras cantando. Será que elas cantariam tanto se soubessem que indo fundo poderiam morrer? O fato é que elas cantam até morrer mesmo. E esse mesmo canto anuncia calor demais. Uma boa nova para a natureza à custa de tamanho sacrifício. Hoje estive lendo textos de Adélia Prado. Como ela também mergulha fundo em suas reflexões! É brilhante em tudo que escreve e é uma pessoa cuja simplicidade transborda e nos faz pensar que é mesmo uma pessoa sábia, conhecedora de sentimentos. A cigarra e ela têm algo em comum. A cigarra se sacrifica por inteiro e Adélia sangra para descobrir e ficar livre de todo sofrimento interior. E escreve e se livra. Porque escrever é uma catarse.