Reflexão

É noite. Está frio. O sono foi para o espaço e procuro algo para fazer. Entro em meu blog...leio, releio...interessante como as mudanças acontecem..amadureci na escrita, assim como na vida! E não poderia ser diferente. Nada é definitivo! Tudo passa. E o momento que vivo é muito especial, porque é triste, minha alma está machucada e não há remédio que a cure. É um processo doloroso pelo qual estou passando e tenho lucidez o bastante para acreditar que esse sofrimento emocional não me pertence e tenho consciência de que sairei dele, ou melhor, eu o vencerei...Mas até que chegue ao final há um longo caminho a percorrer.

Há momentos que nos sentimos donos de nossa vida, outros em que somos levados por ela. Penso que é melhor deixar a natureza agir, pois, lutar contra a corrente é afirmar como o poeta em relação às palavras "lutar contra as palavras é a luta mais vã", e lutar contra si mesmo, também, não é fácil.

Há pessoas que administram muito bem os momentos difíceis, essas são mais leves, flexíveis, moderadas; há outras, de natureza mais forte, pensam demais, pre- ocupam-se com o que, ainda, não aconteceu, não conseguem relaxar a mente ou se desligar do mundo exterior; a meditação ou o silêncio interior lhes é quase impossível.

Até que ponto essas pessoas podem deixar de sofrer? Ou que devem fazer para que o sofrimento não as aflija tanto? Algus dizem que a oração é o melhor caminho e afirmam até que é o único! Outros dizem que substituindo os pensamentos negativos por outros positivos melhora a visão de mundo. Ainda há aqueles que acreditam que o sofrimento é causado por uma interferência espiritual inferior e só pode ser curado por um tratamento á base de frequência em uma crença.

São muitos os 'conselhos', 'recomendações', gente para dizer o que se deve fazer nessas horas ou períodos longos por que se passa. É preciso, porém, procurar um médico especializado para ajudar no processo de cura ou, pelo menos, amenizar o estado de fadiga, estresse, depressão, sofrimento em que alguém se encontra.

Todos temos nosso quinhão de sofrimento, tristeza, aflição, porque não é todo dia que, embora o sol esteja brilhando lá fora, nossa alma esteja vendo o dia nublado; embora todos estejam sorrindo alegres ao nosso lado que não vejamos a alegria naquela situação. Tudo é relativo e essa relativização é que nos vai dar a medida certa do grau de nosso estado de espírito.

Dizem que a dor é inevitável e o sofrimento opcional. Será?