segunda-feira, 7 de dezembro de 2009



Quando escrevi o primeiro texto no blog', não imaginava a repercussão que teria. Fiquei surpresa, porque gosto de escrever, porém textos bem simples e, muitas vezes, pessoais. É meu jeito de construir meu mundo e perpetuá-lo pela escrita. Aprendo todos os dias que o processo criativo é contínuo. Espero, seja proveitoso para mim e para os outros, quanto a fazer bem a mim e a meus co-autores! Em meu tempo, vou me soltando e agradeço quem me visita, quem me segue, porque não há como divulgar um trabalho e muito menos conseguir seguidores fiéis.

Ao surgir a primeira palavra, convenhamos, não se pensa em ninguém, a não ser em deixar as palavras fluírem devagar e brotarem lentamente como a semente em terra fértil. Quem tem boa mão, tudo que se planta, brota. Ao contrário, sem essa característica, é difícil fazer da terra nascer um verdinho que seja, mesmo uma folhagem e/ou flor fácil de vingar!

Quando entrei na faculdade, escolhi o curso de Letras, pois gostava de Português, e, hoje, amo-o imensamente, mas ser professora do idioma pátrio não quer dizer, absolutamente, que tenha habilidade para ser uma literata. Mas a vida dá muitas voltas e 'nessas voltas eu vou', como diz a letra de uma canção infantil de Lili. Comecei, assim, minha arte na escrita.

Em cada sinal está minha personalidade, meus sentimentos, minhas crenças, meus princípios! E, após cada postagem, recebo comentários elogiosos a essa nova distração e, muitas vezes, não acredito, ainda, que sejam dirigidos a mim. Às coisas que escrevo.

Há pessoas que reconhecem seu talento: 'sei escrever'! Essa coragem me falta, por excesso, talvez, de senso crítico. Afirmo, no entanto, que não me faltam outros talentos, mas insisto nessa nova descoberta, de me desnudar.

Meu 'desnudamento ' aconteceu e foi muito bom!  A palavra possui o dom de nos fazer, também, renascer. Concretizamos nosso pensamento, sonho e fantasia por meio delas. Linguagem e pensamento se confundem, porque caminham juntos. Aí é que entra a nudez. Realizamos nossa tarefa de nos fazer conhecer, de mostrar nossa pele, mediante esse instrumento, de uma forma verdadeira e transparente, consciente ou sensitiva, dependendo apenas de uma dança mental na afinação de uma orquestra harmoniosa e melódica:o ritmo das palavras.

As impressões são valiosas. Valem pela aproximação, pela gentileza, pela sinceridade, pelo respeito ao autor. Essas impressões são como a carícia deliciosa de um toque suave em meu rosto/ego. E o abraço é grande, amplo e forte de amigos invisíveis que fazem a diferença.

As palavras têm ritmo, sua dança é lenta, mas o rodopio com elas me garante uma felicidade, como diria Clarice, clandestina! Eu sinto!


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